ICMS - SETOR DE TRANSPORTES




OBSERVATÓRIO: Representando apenas 0,67% do total arrecado com o ICMS, o Estado começou o ano (janeiro) de 2015 com uma queda na arrecadação do setor de transporte, 9,19% negativos. Os três meses seguintes (fevereiro, março e abril) demonstraram  incremento no ICMS, com até 37,29%  observado em março (fato atípico), porém, em maio houve outra queda importante (-12,71%). Os dados expressam o incremento considerando o mesmo período do ano anterior.
* Não há dados para o estado de GO em junho.

 

O país  não apresenta resultados positivos para este setor,  somente no mês de janeiro houve um crescimento de 2015 em relação a 2014, ainda assim, este crescimento esteve abaixo da inflação do período (IPCA). Essa queda pode estar relacionada à redução dos investimentos federais neste ano de 2015, consequência da crise econômica que o país atravessa, afetando diretamente o setor de transporte. O investimento acumulado até junho de 2014 foi de R$ 5,86 bilhões, enquanto no mesmo período desse ano o investimento total é de R$ 4,59 bilhões. (CNT). 

A região centro-oeste, sentindo um pouco menos a crise do setor devido a características regionais, apresentou resultado negativo somente em maio (devido à queda de arrecadação nos estados do MT e MS), nota-se também a variação negativa no mês de junho, influenciado pelo estado de GO (maior arrecadador nesse setor) que não forneceu dados até o presente momento. Pode-se verificar também que a arrecadação no estado de GO apresentou variações positivas em todos os meses disponíveis.
 
INCREMENTO 14/15
* Não há dados para o estado de GO em junho.

Realizando uma análise regional mais apurada, chegamos a algumas conclusões:
1.  Os dados do DF não devem servir de parâmetro comparativo com o MS, face às características da unidade federativa em relação ao tributo em tela;
2.   Existe uma forte correlação na curva de tendência entre o MT e GO, sendo identificado comportamento semelhante quanto à sazonalidade, bem como grande proximidade dos valores nominais arrecadados, ainda que GO possua uma receita total de ICMS quase 2x maior que MT (destaque para o Estado). E ainda comparado com anos anteriores, é notado o crescimento da colaboração do setor de forma proporcional ao ICMS total, respeitando a sazonalidade dos períodos do ano;
3.  Na contramão do MT e GO, o MS, apesar de ser o terceiro no ranking do imposto, deveria possuir comportamento semelhante na curva de tendência, face às semelhanças das atividades empresarias exercida no Estado. O que além de não ocorrer, possui uma arrecadação 3x menor que o MT, sem justificativa plausível para tal. Além disso, observamos que a cada ano diminui a participação percentual do ICMS Frete relativo ao todo arrecadado, aliado a ausência de sazonalidades observadas. Dando entender a inexistência real de incremento, como se existisse um chão de onde não sai, e não um teto a se buscar.


Estudo: Observatório Econômico – SINDIFISCAL/MS
Fonte dos Dados: Secretaria de Fazenda, Finanças ou Tributação.

Equipe de pesquisa do Observatório Econômico:
Marcos Miranda
Rodrigo da Rocha
Clauber Aguiar - Diretor