Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) R$ 835 milhões previstos para 2022


A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) tem como objetivo desenvolver as atividades econômicas na área do meio ambiente, indústria, comércio, agricultura, além da iniciativa privada, com a finalidade de fomentar os investimentos. 

Conforme organograma no site da SEMAGRO, a secretaria é composta por 3 (três) superintendências e 13 (treze) coordenadorias. A SEMAGRO conta ainda com cinco autarquias: Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul (JUCEMS), Agência Estadual de Metrologia (AEM/MS), Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER); uma empresa pública: Empresa de Gestão de Recursos Minerais (MS MINERAL); duas fundações: Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FUNDTUR), e Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado do Mato Grosso do Sul (FUNDECT).

A SEMAGRO ainda possui cinco fundos: Fundo de Defesa de Reparação de Interesses Difusos e Lesados (FUNLES), Fundo de Regularização de Terras (FUNTER), Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNDRHI), Fundo Estadual de Terras Indígenas (FEPATI), e Fundo de Desenvolvimento das Culturas do Milho e da Soja (FUNDEMS), além de quinze órgãos colegiados.

     

A tabela acima mostra somente a composição do orçamento previsto de 2022 para a SEMAGRO (cerca de R$ 358 milhões). Nesse sentido, inclui-se nesse montante recursos do tesouro, convênios e transferências federais bem como o Fundo Estadual Pró-Desenvolvimento Econômico (PRÓ-DESENVOLVE).

O fundo PRÓ-DESENVOLVE, criado pela Lei Complementar Estadual nº 280, de 17 de dezembro de 2020, tem como objetivo fomentar o setor de empreendimentos no Estado através de financiamentos e/ou manutenção. O PRÓ-DESENVOLVE é vinculado à SEMAGRO, sendo também administrado por essa Secretaria. Os principais recursos do PRÓ-DESENVOLVE são oriundos de empresas que são contempladas com benefícios fiscais. 


A tabela acima mostra todos os orçamentos previstos para o ano de 2022 da SEMAGRO, suas autarquias (IMASUL, IAGRO, JUCEMS, AEM/MS e AGRAER); os fundos (FUNLES, FUNTER, FUNDRHI, FEPATI E FUNDEMS); duas fundações (FUNDTUR, FUNDECT), e uma empresa pública (MS MINERAL). Destaca-se o total de R$ 845,5 milhões. Deste total, a maior participação é da SEMAGRO com 42,22%, em relação a suas autarquias a IAGRO contem 14,77%. Assim, com menor participação é a MS MINERAL, com 0,01%.


    No gráfico acima é analisado período de sete anos das despesas liquidadas da SEMAGRO.  Observa-se que no ano de 2021 em relação a 2015 houve incremento de 308,56% correspondendo a R$ 55 milhões a mais nas despesas. As despesas da secretaria em 2021 quando se compara com 2020 aumentou em 132,55%. Ou seja, de um ano para o outro a SEMAGRO aumentou suas despesas liquidas em R$ 41 milhões.
 

Na tabela acima são mostradas as despesas líquidas da SEMAGRO e suas autarquias (IMASUL, IAGRO, JUCEMS, AEM/MS e AGRAER). Destaca-se o montante de investimentos correspondendo a R$149 milhões a mais aplicados, tendo incremento de 637,73% (2021-2020).

IMASUL

O Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL) é uma autarquia vincula à SEMAGRO, com o objetivo de desenvolver a gestão ambiental e financiar a elaboração de projetos sustentáveis para o MS.

   

A tabela acima apresenta as despesas liquidadas da IMASUL. Destaca-se o montante de investimentos, quando se compara 2021 em relação a 2020, sendo R$ 53 milhões a mais investidos no ano passado. Em 2021, também aumentaram nas rubricas de Custeio e Pessoal.

IAGRO

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) é uma autarquia com a finalidade de fiscalizar produtos agropecuários, promovendo a defesa sanitária para a prevenção da saúde humana e animal.

JUCEMS

A Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul (JUCEMS) também é uma autarquia, a qual presta serviços no registro de empresas mercantis e atividades afins de todo o Estado.

AEM/MS

A Agência Estadual de Metrologia (AEM/MS) é uma autarquia subordinada pela SEMAGRO, cuja finalidade é a fiscalização da execução de atividades de metrologia seguidas pelo órgão do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).

AGRAER

A Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER) é responsável pelo desenvolvimento rural, prestando serviços para a agricultura familiar.

 

No gráfico acima, é visto os investimentos realizados por parte da AGRAER. Comparando o ano de 2021 em relação a 2015, houve aumento de mais de R$16,4 milhões investidos (variação de 2.422,43%). 

   

As despesas liquidadas da AGRAER aumentaram somente no montante de investimentos. As despesas de 2021 (Pessoal e Encargos) com relação a 2020 foram reduzidas em R$ 7,9 milhões. Em 2021, o montante de custeio teve uma queda de 11,97% comparado com o ano passado. Os investimentos em obras e instalações aumentaram, tendo diferença de R$ 368 mil a mais, especialmente para a compra de equipamentos e materiais permanentes.

FUNDTUR

 A Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FUNDTUR), também vinculada à SEMAGRO, presta serviços para atividades turísticas no Estado e nos municípios.

FUNDECT

A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT), é uma fundação com a finalidade de realizar investimento e incentivos na área tecnológica, pesquisa científica, inovação, dentre outros.  É também vinculada à SEMAGRO.

FUNDEMS

O Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (FUNDEMS) é um fundo subordinado à SEMAGRO, com a finalidade de investir no desenvolvimento tecnológico da soja e milho. É um fundo que consiste em taxas cobradas sobre produtos agrícolas (soja e milho). Nesse sentido, os produtores realizam a opção de serem contribuintes desse fundo, em contrapartida são beneficiados com o diferimento do ICMS, resultando em redução da alíquota correspondente.

FUNLES

O Fundo de Defesa de Reparação de Interesses Difusos e Lesados (FUNLES) é um fundo com o objetivo de ressarcir a coletividade por danos causados ao meio ambiente. As receitas do fundo são geridas através de condenações judiciais por danos morais e patrimoniais.

FEPATI

O Fundo Estadual de Terras Indígenas (FEPATI), é um fundo vinculado à SEMAGRO, com o objetivo de resolver conflitos de terras entre os povos indígenas, bem como indenização das terras atingidas por demarcação destinadas ao assentamento de índios, dentre outras. As receitas do fundo constituem: transferências da União, transferências conta do Orçamento, contribuições de empresas.

FUNDRHI

O Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNDRHI), é um fundo vinculado à SEMAGRO destinado a desenvolver os programas de recursos hídricos, da gestão ambiental, dentre outros. Suas receitas são provenientes de cobranças pelo uso de recursos hídricos, devido à compensação de recursos que o Estado reaproveita de hidroelétricas.

MS MINERAL

A Empresa de Gestão de Recursos Minerais (MS-MINERAL) é uma empresa pública vinculada à SEMAGRO, com o objetivo de realizar atividades em estudos geológicos.

GESTÃO

A Secretaria de Governo (SeGov) do MS, por intermédio da Superintendência de Gestão Estratégica (SGE), vem implementando ao longo dos últimos anos a metodologia do PMBOK® (Project Management Book of Knowledge), a qual prevê a utilização de indicadores e metas a serem alcançadas, sob a égide do que se denomina “gerenciamento de projetos”. Essa ferramenta de gestão, preconizada na precitada publicação, busca nortear a administração privada e pública no sentido da maximização de resultados, com suas respectivas ações regidas pelo judicioso e oportuno gerenciamento de cada projeto a ser realizado.

Dessarte, a SeGov tem formalizado contratos de gestão periódicos, de tal maneira que possam ser mensuradas as ações governamentais que se traduzam em números específicos. No tocante à Secretaria de Fazenda, o último contrato de gestão expedido e divulgado no site da SGE, referindo-se a indicadores e metas, foi o seguinte: 





Verifica-se que o projeto quatro (Liberdade Econômica):

 foi entregue, porém não cumpriu a data estabelecida. Nesse mesmo projeto foi concretizado o mapa da liberdade econômica dos municípios. 

No projeto sete (Fomentar a industrialização de cadeias produtivas prioritárias), foi entregue o plano “indústria aderidas ao Pro-peixe”, porém atrasado, sendo concluído em 2022. Além disso, o plano tributação da geração e distribuição de energia solar do Estado também foi concretizado.

O projeto oito (Fomento ao microcrédito e apoio aos pequenos negócios), foi realizado: o programa estadual de microcrédito e, também, o programa de retomada econômica.

 No projeto nove (Aprimoramento da qualidade de informações socioeconômicas), foi entregue o painel do FCO construído no site. Nesse mesmo projeto, o banco de dados do Estado ainda não foi concretizado e não há notícias sobre o seu andamento.

No projeto dez (Rota Bioceânica), o plano da obra de construção do anel viário de Porto Murtinho foi concretizado conforme o programado.

O projeto treze (Recuperação da Microbacia do Rio Formoso e Prata e Bacias do Betione (Bodoquena) e Rio Salobra (Miranda), foi entregue o decreto atualizado da inclusão dos municípios de Bodoquena, além do termo de compromisso com os municípios.

 No projeto quinze (Reformulação de políticas na Agricultura), foi entregue a “resolução de conjuntura”, além da modernização do sistema de cadastro do Programa de Desenvolvimento da Produção Agropecuária-MS (PDAGRO).

No projeto dezessete (Modernização da Agricultura Familiar), o único concluído foi “selo – Arte”. 

No projeto dezenove (PROORGÂNICO), foi concluída a rede de consumidores e produtos, na plataforma Manucã. E, também, a chamada específica para produtos orgânicos.

 No projeto vinte (MS Carbono Neutro), foi concluído somente o congresso mundial “ILPF (Integração Lavo ura-Pecuária- participação em maio.)”

No projeto vinte e dois foi entregue o “webinar Marco legal da CTI”.

Alguns dos projetos descritos não foram realizados conforme a data prevista de entrega (dezembro/2021), sendo entregues somente em 2022. As informações sobre a conclusão dos demais projetos não estão disponíveis. 


Referências Bibliográficas

 https://leisestaduais.com.br/ms/decreto-n-15656-2021-mato-grosso-do-sul-regulamenta-o-fundo-estadual-pro-desenvolvimento-economico-pro-desenvolve

https://marleylima.com.br/leg-estadual/5650

https://www.semagro.ms.gov.br/


Estudo Elaborado pela equipe do Observatório Econômico do SINDIFISCAL/MS

Diretor: Clauber Aguiar

Consultor: Aluizio Pires

Economista: Patrícia Ayala

Estagiários: Isadora Souza e Samuel S. Bitencourt

Diretor Presidente SINDIFISCAL: Francisco Carlos de Assis

https://fatogeradorsindifiscalms.blogspot.com/



Secretaria de Infraestrutura do MS: 1,7 bilhões previstos para 2022

 Destaque para PPP em saneamento com investimento de 3,8 bilhões até 2031

A Secretaria de Estado de Infraestrutura do Mato Grosso do Sul (SEINFRA) tem como objetivo desenvolver políticas públicas realizando investimentos na infraestrutura tais como: obras públicas, saneamento básico, energia, distribuição de gás e transporte.

Conforme organograma no site da SEINFRA, a secretaria é composta por quatro superintendências e 11 coordenadorias. A SEINFRA conta ainda com duas autarquias (AGESUL e AGEHAB) e duas empresas de economia mista (SANESUL e MS GÁS), além de dois órgãos colegiados.


          É visto que na composição do orçamento da SEINFRA (incluindo-se suas autarquias e empresas de economia mista), a maior participação é da AGESUL, representando 81,05% do total e a menor participação é da AGEHAB, com 0,90%.

          A AGESUL promove a aplicação dos recursos arrecadados pelo FUNDERSUL, que são aplicados na manutenção de obras e/ou construções. Nesse sentido, o FUNDERSUL é um fundo que consiste em melhorias rodoviárias no Estado e municípios. O orçamento para 2022 totaliza R$ 1,73 bilhão em investimentos no Estado de Mato Grosso do Sul. 


Verifica-se, a partir da tabela, as despesas liquidadas da SEINFRA e suas autarquias (AGESUL e AGEHAB). O montante de investimentos destaca-se no subitem: obras e instalações, correspondendo um total investido de R$ 922 milhões em 2021, tendo incremento de 52,65% a mais em relação ao ano de 2020.

AGESUL

A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (AGESUL) é uma autarquia com o objetivo de planejar e executar projetos de obras, construção, e manter a SEINFRA informada de suas atividades. 

As despesas liquidadas da AGESUL aumentaram nas rubricas de investimento e custeio. As despesas de 2021 (Pessoal e Encargos) com relação a 2020 foram reduzidas em R$ 3,3 milhões. Em 2021, o montante de custeio somente para locação de mão-de-obra foi igual a R$1,1 milhão. Os investimentos direcionados para obras e instalações foram R$ 903 milhões, grande parte com recursos do FUNDERSUL.

O orçamento destinado à AGESUL para 2022 é R$ 283 milhões. A previsão para 2022 em relação a 2021 indica queda de 18,85% no orçamento. 

Fonte: Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul.

Os investimentos da AGESUL em 2021 cresceram R$ 737 milhões comparado com 2015. No ano de 2021, em relação a 2020, aumentou 50,59%.

Em 2021, dos repasses realizado pela Agesul, o município de Campo Grande recebeu a maior fatia, R$ 19,9 milhões. Em ordem decrescente, os municípios que receberam maior repasse foram Ponta Porã (R$ 12,8 milhões) e Três Lagoas (R$ 8 milhões). O menor valor foi para o município de Miranda com R$ 230 mil. Verifica-se, então, o total de R$ 92,6 milhões transferidos aos municípios.

AGEHAB  

 A Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (AGEHAB) é uma autarquia com o objetivo de oferecer acesso à moradia aos cidadãos do MS e executar programas sociais para melhorar a qualidade de vida.

A partir da tabela, é notório que houve variações negativas para custeio, bem como pessoal e encargos. As despesas com investimentos tiveram uma variação positiva com incremento de 108,6 % em 2021, com relação a 2020. Assim, em 2021 foi gasto com obras e instalações R$ 12,5 milhões. E, também, deve-se destaque para transferências a municípios, pois de um ano para outro investiu-se mais de R$ 8,8 milhões, sendo esse o maior diferencial que impactou de forma significativa o montante de investimentos.

O orçamento para a AGEHAB previsto para 2022 é R$ 15,6 milhões. A previsão para 2022 em relação a 2021 indica queda de 9,66% no orçamento.

SANESUL

A Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (SANESUL) é uma empresa de economia mista. Uma parte do orçamento da SANESUL é complementada pelo Governo do Estado. Em 2022, em relação ao ano de 2021, está prevista variação de 0,77% a mais do orçamento. Dessa forma, a SANESUL é uma empresa que viabiliza o aporte de grandes investimentos no setor de saneamento básico.

Além disso, foi concretizado em 2021 uma Parceria Pública-Privada (PPP) entre o Governo do Estado (através da SANESUL) e a AEGEA (Ambiental MS Pantanal), com o objetivo de oferecer a universalização de saneamento básico para os 68 municípios atendidos pela SANESUL. Os investimentos previstos são de R$ 3,8 bilhões.

Desse total, R$ 1 bilhão é para a expansão do sistema de esgoto e os outros R$ 2,8 bilhões para manutenção e a operação. Assim, cerca de 1,7 milhão de pessoas serão beneficiadas com a universalização do saneamento básico.

 No tocante à instalação de estruturas de saneamento básico, o município de Brasilândia recebeu cerca de R$ 15 milhões para ampliação da sua Estação de Tratamento de Esgoto (ETF).



Analisando a tabela acima, é visto aplicações de exercícios anteriores na SANESUL. O total de investimentos no ano de 2021 foram R$ 117,8 milhões. Desse total, R$ 40,8 milhões (34,63) destinados a abastecimento de água, R$ 72,0 milhões (61,12%) para o esgotamento, e os outros R$ 50,0 milhões (4,2%) foram atribuídos à ampliação de prédios, construção civil, dentre outros. 

MS GÁS

A Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MS Gás), também é uma sociedade de economia mista composta pelo Estado de Mato Grosso do Sul com 51% das ações, e pela Petrobrás Gás, com 49% das ações. A MS Gás distribui e comercializa gás e/ou subprodutos e seus derivados.

Em 2022, em relação a 2021, está prevista queda de 2,34% no orçamento. Sendo assim, o orçamento de investimento para a MS Gás aos longos dos anos apresenta tendência de queda.

Ademais, a MS GÁS em 2021 investiu mais de R$ 22 milhões na expansão de rede de distribuição de gás alcançando 403 km, gerando 12 mil unidades consumidoras.

FUNDERSUL

          O Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDERSUL), foi criado pela Lei 1.963, de 11 de junho de 1999. O governador que atuava nesse período era José Orcírio Miranda dos Santos 1999-2007 (Zeca do PT). É um fundo que consiste em taxas cobradas sobre o transporte de mercadorias de produtos agropecuários, além do ICMS incidente sobre os combustíveis. Nesse sentido, as empresas realizam a opção de serem desse fundo, em contrapartida são beneficiadas com o diferimento do ICMS, resultando em redução da alíquota correspondente. Dessa forma, os recursos do FUNDERSUL arrecadados são destinados à melhoria na infraestrutura de rodovias, isto é, construção de obras públicas, bem como melhoramento asfáltico de rodovias estaduais, bem como de outras vias.

O FUNDERSUL arrecadou R$ 1,23 bilhão, tendo arrecadado 17% mais em 2021 que no ano anterior. A arrecadação em 2020 foi de R$ 1,05 bilhão. Portanto, 2021 é considerado ano recorde de arrecadação para o FUNDERSUL, tendo um acréscimo de R$ 179 milhões, comparando-se 2021 com 2020.

Fonte: Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul.

*Previsão orçamentária


No gráfico acima, é analisado um período de oito anos de arrecadação do FUNDERSUL. Pode-se pontuar que o valor de arrecadação está aumentando ano a ano. Em 2021 com relação a 2015 teve incremento de 155%, isto é, R$ 752 milhões a mais. Especialmente no ano de 2020, em relação a 2019, arrecadou-se 47% a mais que no ano anterior. Assim sendo, o FUNDERSUL é um fundo que apresenta crescimento nos números arrecadados, além de contribuir de forma significativa para o Estado do MS na infraestrutura das suas rodovias.

O orçamento de 2022 para o FUNDERSUL está previsto em R$ 1.121.074.100,00 - correspondendo incremento de 20,83% em relação ao ano de 2021 (R$ 927.835.400,00).

           GESTÃO

A Secretaria de Governo (SeGov) do MS, por intermédio da Superintendência de Gestão Estratégica (SGE), vem implementando ao longo dos últimos anos a metodologia do PMBOK® (Project Management Book of Knowledge), a qual prevê a utilização de indicadores e metas a serem alcançadas, sob a égide do que se denomina “gerenciamento de projetos”. Essa ferramenta de gestão, preconizada na precitada publicação, busca nortear a administração privada e pública no sentido da maximização de resultados, com suas respectivas ações regidas pelo judicioso e oportuno gerenciamento de cada projeto a ser realizado.

Dessarte, a SeGov tem formalizado contratos de gestão periódicos, de tal maneira que possam ser mensuradas as ações governamentais que se traduzam em números específicos. No tocante à Secretaria de Fazenda, o último contrato de gestão expedido e divulgado no site da SGE, referindo-se a indicadores e metas, foi o seguinte: 




    PROJETOS E PROCESSO





Fonte: SEGOV 2021

PROJETOS EM DESTAQUE

Verifica-se no projeto um: infraestrutura em saneamento básico, no qual foi realizada a expansão e melhorias de abastecimento de água nos municípios de Água Clara e Vicentina.

Foi realizado no tópico Infraestrutura MSGÁS: expansão de novos mercados nos municípios de Três Lagoas e Campo Grande. As obras no Aquário do Pantanal foram devidamente concluídas.

Além disso, foram concluídas as seguintes obras: de pavimentação asfáltica nas rodovias MS-379; MS -223, segmento de rodovias MS – 442, bem como a rodovia de acesso entre a MS-162 e a BR – 463.

Igualmente foram entregues as obras de infraestrutura na divisa SP/MS (BR-267-MS) e, também, obras de implantação, pavimentação e restauração no município de Coxim (MS-223).

Por fim, a infraestrutura aeroportuária foi concretizada no aeroporto de Bonito. O aeródromo Santa Maria deveria ter sido concluído em março de 2021, porém isto não ocorreu. No aeroporto de Coxim há notícia de 65% da obra concluída, mas nada sobre a sua finalização. E por último, no tópico “melhorias na infraestrutura de aeroportos”, observou-se que o único município atendido foi Naviraí (conforme prazo preestabelecido). Nos outros municípios previstos (Paranaíba e Nova Andradina) não houve a conclusão das obras.

Alguns dos projetos descritos não foram realizados conforme a data prevista de entrega (dezembro/2021), sendo entregues somente em 2022. As informações sobre a conclusão dos demais projetos não estão disponíveis. 


Referências bibliográficas e dos dados coletados:

https://www.normasbrasil.com.br/norma/lei-1962-1999-ms_135382.html

http://www.transparencia.ms.gov.br/

Lei Ordinária 1963 1999 de Mato Grosso do Sul MS (leisestaduais.com.br)

https://www.seinfra.ms.gov.br/

https://www.sanesul.ms.gov.br/noticias/sanesul-e-aegea-assinam-contrato-da-parceria-publico-privada-para-universalizacao-do-esgotamento-sanitario-de-ms-5998

http://www.ms.gov.br/em-reuniao-com-engenheiros-da-agesul-reinaldo-  azambuja-cobra-foco-na-manutencao-de rodovias/#:~:text=Balan%C3%A7o%20da%20Seinfra%20revela%20que,o%20Mato%20Grosso%20do%20Sul.

https://www.sanesul.ms.gov.br/Content/upload/Relatorio-Administracao-2021.pdf

https://www.msgas.com.br/noticias/1f83b9fe-1178-4caa-b589-654556f3ffcf

Estudo Elaborado pela equipe do Observatório Econômico do SINDIFISCAL/MS

Diretor: Clauber Aguiar

Consultor: Aluizio Pires

Economista: Patrícia Ayala

Estagiários: Isadora Souza e Samuel S. Bitencourt

Diretor Presidente SINDIFISCAL: Francisco Carlos de Assis

https://fatogeradorsindifiscalms.blogspot.com/