OBSERVATÓRIO: Com o
câmbio atual desvalorizado (real fraco em relação à moeda estrangeira) o
consumo de bens importados diminui. Para a exportação o efeito do câmbio
deveria impulsionar o setor e assim trazer ganhos reais a balança comercial do
país.
Por outro lado devemos considerar o
momento econômico do país, que vive uma crise dupla e atípica, intimamente
relacionadas - econômica e política. Fatores que desestimulam o consumo e
a produção, com reflexos diretos sobre as importações e exportações.
Anulando a vantagem do câmbio desvalorizado.
O anúncio de superávit deveria ser
motivo de comemoração em condições normais, porém como já elucidado, tal
resultado é fruto da peculiar queda tanto das importações (19,5% menores que
2014, de janeiro a julho) como das exportações (15,5% menores que 2014, de
janeiro a julho), onde as importações apresentaram uma queda mais significativa
o que refletiu o resultado observado.
O Centro-Oeste vem cumprindo papel de
destaque, impulsionado pelo agro negócio que tem puxado a reboque os resultados
positivos da economia nacional. Mato Grosso do Sul em especial, no período
considerado (Janeiro a Julho de 2015), embora tenha observado 13% de queda nas
exportações e 29% nas importações em valores (US$) relativos a 2014, teve um
superávit de US$ 2.152.658.130,00 (excluído os valores de importação do Gás
Boliviano, destinados a SP), com 9% de redução. Considerado apenas o mês de
julho, o superávit da balança estadual registrou US$ 241.175.696,00, incluindo
as importações do Gás Boliviano.
Fonte dos dados: MDIC
Equipe de pesquisa do
Observatório Econômico:
Marcos Miranda
Rodrigo da Rocha.