Mesmo
com pandemia, MS registra R$11,7 bilhões e 12% de crescimento
Elaboração Própria. Fonte: Comexstat. Governo Dilma* até agosto de 2016.
Em
2020, mesmo com a pandemia, o MS teve aumento de 11% na exportação em relação a
2019, fechando o ano com receita US$ 5,8 bilhões a partir da exportação de bens
sul-mato-grossenses. Em importação, o Estado do Mato Grosso do Sul faturou US$ 1,9 bilhão, com
superávit comercial de US$ 3,9 bilhões, que representou crescimento de 38% em
relação a 2019.
Referente a 2021, até o mês de outubro, o
aumento na exportação representou apenas 1% em relação a 2020, enquanto a
importação teve aumento de 7,8%. Ainda assim, o saldo da balança
comercial do Estado foi US$ 3,81 bilhões.
Até
2020, a exportação de soja estava em segundo lugar dentre os produtos
exportados pelo Estado, atrás apenas do material de pastas químicas, que rendeu
US$ 1,66 bilhão. No entanto, nos últimos anos, a produção agro sul-mato-grossense
vem crescendo rapidamente, refletindo nas exportações. Em 2019 foi
comercializado internacionalmente US$ 1,15 bilhão em soja. Esse valor elevou-se
a US$ 1,6 bilhão, crescendo 41% em 2020, chegando a faturar US$ 2,1 bilhões em
2021. Portanto, no período de pandemia, esse setor cresceu 83% impulsionando
a exportação do Estado, representando, hoje, 36% do que é faturado pelo MS.
O bom desempenho das exportações pode estar
relacionado à desvalorização do real em relação ao dólar, pois torna o produto
brasileiro mais barato no mercado internacional. No entanto, as exportações do Estado
foram impulsionadas por estímulos competitivos, estratégias de exportações
favoráveis (como a hidrovia em Porto Murtinho), além de maior disponibilidade
de crédito, como por exemplo o Fundo Constitucional de Financiamento do
Centro-Oeste (FCO). Portanto, a crescente exportação do MS nos últimos anos justifica
os expressivos valores do saldo da balança comercial do Estado.
Balança
Comercial Brasileira
Segundo análise do Observatório Econômico - SINDIFISCAL/MS, o saldo da Balança Comercial brasileira cresceu 66% no período de pandemia, com superávit atual de US$ 58,5 bilhões. Desse período, o ano de 2020 teve maior crescimento com 43% em relação a 2019, enquanto, até outubro de 2021, a balança comercial cresceu 16% em relação a 2020. Ainda assim, o saldo da balança comercial de 2021 é a maior dos últimos anos, ultrapassando o superávit de 2017, que já havia apresentado considerável crescimento na exportação em relação a anos anteriores.
A China e os Estados Unidos apresentam robusta relação comercial com
nosso País, sendo ambos os principais destinos das exportações do Brasil, correspondendo,
respectivamente, 33% e 11% de participação do total comercializado para outras
nações. A China é o nosso principal comprador de minério de ferro e soja.
Enquanto o terceiro mais relevante, a Argentina possui 4% de participação.
Em 2021, os produtos que mais se destacam na exportação são os minérios de ferro (US$ 39,7 bi); soja (US$ 35,9 bi); óleos brutos de petróleo (US$ 25,3 bi); açúcares (US$ 7,4 bi); e carnes bovinas (US$ 6,1 bi).
O minério de ferro é o bem com maior participação no saldo de exportação brasileira, representando 17% do total arrecadado até outubro. No entanto, até 2020, o minério de ferro era o segundo bem mais exportado pelo Brasil, atrás da soja, que dominava o mercado exportador nacional, chegando a render US$ 28,5 bilhões, enquanto o minério de ferro correspondia a US$ 25,7 bilhões.
Portanto,
atualmente, mesmo com o crescimento na exportação de soja do país nos últimos
anos, o bem que domina o mercado internacional brasileiro é o minério de ferro,
apresentando crescimento de 39% até outubro de 2021, em relação ao total de
2020. No geral, nota-se aumento na exportação, que pode ser explicado pelo câmbio, pois o real
está desvalorizado em relação ao dólar. Com isso, os números atuais de
exportação se mostram mais promissores que em governos anteriores.
Referências:
Comex
Stat
Gov.br
- Ministério do Desenvolvimento Regional.
Site
Governo do Estado do Mato Grosso do Sul.
Estudo
Elaborado pela equipe do Observatório Econômico do Sindifiscal/MS
Diretor:
Clauber Aguiar
Consultor:
Aluizio Pires
Economista:
Patrícia Ayala
Estagiárias: Mariana Gomes, Silvia Regina
https://fatogeradorsindifiscalms.blogspot.com/
Diretor
Presidente SINDIFISCAL: Francisco Carlos de Assis