Alta do varejo em abril indica 2° trimestre forte

 

As vendas de varejo subiram 1,8% em relação a março, feito o ajuste sazonal, muito acima da queda de 0,1% esperada. A taxa foi a maior desde 2000 para um mês de abril da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e também a alta mais intensa desde agosto de 2020 (2,4%).

Os dados do varejo na passagem entre março e abril mostram expansão espalhada. Ainda com cautela, economistas apontam que os números de abril podem sinalizar um comportamento mais positivo do Produto Interno Bruto (PIB) entre abril e junho.


Fonte: IBGE. Folha de São Paulo.

O volume de vendas do comércio varejista de Mato Grosso do Sul cresceu 24,3% em abril deste ano, no comparativo com o mesmo mês de 2020. 


  Fonte: Banco Central. Elaboração própria.

No acumulado do ano, de janeiro a abril, o aumentou foi de 7,9%. Já no acumulado nos últimos 12 meses foi registrado aumento de 7,7% nas vendas.

 Já as vendas do varejo ampliado brasileiro que incluem veículos e motos, partes e peças, e material de construção subiram 3,8% na passagem entre março e abril.


Fonte: Banco Central. Elaboração própria.

O volume de venda de Mato Grosso do Sul no mês de abril cresceu 0,9% na comparação com o mês de março. Comparado com abril de 2020, houve uma alta de 27,5%. No acumulado no ano de 2020 foi para 15,8 e no acumulado em 12 meses, para 10,4%.

Com a divulgação dos dados pelo IBGE, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para 3,9% a previsão de crescimento do consumo no setor varejista para 2021. A previsão anterior era de 3,3%.

Consequentemente ao volume de vendas do mês de abril de 2021, a arrecadação do ICMS apresenta um crescimento em comparação com o mesmo mês no ano de 2020.


Fonte: Confaz Ministério da Economia - Boletim de Arrecadação de Tributos Estaduais. Elaboração Própria



Estudo Elaborado pela equipe do Observatório Econômico do Sindifiscal/MS

Diretor: Clauber Aguiar

Estagiárias: Silvia Regina, Patricia Ayala e Mayre Pereira

https://fatogeradorsindifiscalms.blogspot.com/

Diretor Presidente SINDIFISCAL: Francisco Carlos de Assis

https://sindifiscalms.org.br/


Crise de energia no Brasil pode ter efeito na inflação e no preço de alimentos

 De acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a crise hídrica que reduz os reservatórios das hidrelétricas pode aumentar a inflação e afetar a política monetária do país. A questão da energia exerce pressão na inflação e no preço de alimentos, que pode afetar o crescimento do PIB que ocorreu no primeiro trimestre de 2021. A taxa de juros é o principal instrumento do BC para conter a inflação.


O País está enfrentando a pior seca nas hidrelétricas da região Sudeste/Centro-Oeste em 91 anos. Em que pese esse óbice, é prioridade a garantia do suprimento de eletricidade, bem como a supressão do risco de racionamento no segundo semestre. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu aplicar a bandeira tarifária vermelha no segundo patamar, a mais alta desse mecanismo. Isso significa uma cobrança adicional de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Com o custo mais alto, há reflexos diretos no bolso do consumidor, que por consequência impacta a inflação. Na sequência, por conta da crise hídrica, o custo dos alimentos aumenta, desacelerando o crescimento de Mato Grosso do Sul, causando retração no agronegócio.



O desempenho de 4,9%, alcançado pelo PIB/MS em 2017, é fruto do bom resultado obtido pela agricultura estadual. No período de 2012 a 2017, o PIB estadual obteve evolução média de 2,9% ao ano, com resultados negativos nos anos de 2015 e 2016. A maior contribuição vem do setor primário com crescimento médio de 9,2% na agropecuária.



Para o doutor em Economia Michel Constantino, “se faltarem os recursos hídricos, a produção no campo é paralisada e o impacto na economia é enorme”. Por consequência, afetará o PIB do Estado, que, mesmo com impacto positivo nos dois primeiros trimestres, poderá sofrer com retração do PIB no agronegócio, que é a base da economia sul-mato-grossense.


Estudo Elaborado pela equipe do Observatório Econômico do Sindifiscal/MS

Diretor: Clauber Aguiar

Estagiárias: Silvia Regina, Patricia Ayala e Mayre Pereira

https://fatogeradorsindifiscalms.blogspot.com/

Diretor Presidente SINDIFISCAL: Francisco Carlos de Assis

https://sindifiscalms.org.br/